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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Concurso Nacional de Haiku

Alguns leitores mais assíduos devem saber que uma das minhas paixões literárias são os haikus (ou haicais, na versão aportuguesada).

Nos últimos meses não tenho conseguido me exercitar tanto na milenar arte - assim como em outros diversos interesses... Mas esta notícia da Folha Online me despertou novamente o interesse:

O governo do Paraná e a Associação Cultural e Beneficente Nipo-Brasileira de Curitiba promovem um concurso nacional de haikus, em comemoração ao centenário da Imigração Japonesa, com prêmios que chegam a R$ 3.000

Para concorrer, os haicais devem ser inéditos e tradicionais --ou seja, devem ser escritos em português; respeitar a métrica japonesa (três versos de 5-7-5 sílabas); apresentar um termo relacionado às estações do ano; e não ter título nem rima.

Chato é que, na contramão da modernidade, as obras devem ser entregues pessoalmente ou enviadas pelo correio, para o Concurso Nempuku Sato - Secretaria do Estado da Cultura do Paraná - Rua Ébano Pereira, nº 240 - Curitiba-PR - CEP: 80410-240.

A data limite é 11 de abril.

Já estou preparando os meus.

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domingo, 18 de março de 2007

Haiku

Sempre gostei muito da cultura oriental, principalmente a japonesa. E um dos elementos que mais me intrigaram é o Haiku (ou Hai Kai).

Forma de poesia milenar, não necessariamente contém rima, mas segue algumas regras básicas:
É formado de três versos, no total de 17 sílabas:
* O primeiro verso tem 5 sílabas
* O segundo verso tem 7 sílabas
* O terceiro verso tem 5 sílabas
Além disso, e daí vem sua essência, deve sempre conter alguma referência à natureza, e apresenta a ação no presente, e não no passado.

Em muitos livros sobre o Japão feudal, os desafios de Haiku eram ponto fundamental para demonstrar a cultura e acuidade de raciocínio dos contendores. Mais do que a força das Katanas, a grafia suave e as metáforas afiadas impunham vitórias esmagadoras ou traziam derrotas acachapantes.

Ultimamente tenho me aventurado no terreno delicado e perigoso dos Haikus. E metáfora-maníaco que sou, tenho me esbaldado com as possibilidades, as combinações e o necessário esforço para respeitar a métrica e o estilo. Ginástica mental de primeira para os wordsmiths. Alguns exemplos do que tem saído ultimamente.


Lago tranqüilo;
Por sob água plácida,
borbulha paixão.

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Em suas costas,
Cerejeiras em flor;
ronrona o lobo.

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O lobo, à beira
do lago pensa: Sim, vou
mergulhar - e cai.

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quinta-feira, 8 de março de 2007

Dia da Mulher, né?

Minha singela homenagem. Porque viver sem vocês é inimaginável!



Feminíssimo toque
Pétalas de mulher

Perfumam a vida.

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domingo, 29 de outubro de 2006

Seis palavras

Hemingway escreveu um conto usando apenas seis palavras: "For sale: Baby's shoes, never worn".

Simples, conciso, cruel.

A Wired retomou a iniciativa, que é meio cíclica entre escritores: desafiou diversos autores a seguirem a trilha do velho Ernest e escrever um conto usando apenas seis palavras. O resultado está aqui: http://wired.com/wired/archive/14.11/sixwords.html

Como (ainda) não tenho porra coisa nenhuma pra fazer mesmo, resolvi dar tratos à bola e tentar escrever algo usando a premissa.

Claro que vocês, ocupados e produtivos integrantes da cadeia de produção do Produto Interno Bruto, podem não ter muito tempo. Mas pode ser interessante para a práticada concisão e de nossa aclamada verve. Em inglês ou português, dealer's choice.

Os contos podem ser enviados para seispalavras@jeffpaiva.com. Os melhores serão publicados aqu e podem virar o recheio de uma matéria que estou oferecendo para algumas revistas.

Topam?

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