De perto é pior
Pela primeira vez usei Congonhas depois do acidente. E de TAM. Fui ao Rio para duas reuniões. Coisa rápida, bate-e-volta saindo de São Paulo 7 da manhã e voltando às 16h.
No caminho o trânsito sempre complicado da Rubem Berta, mesmo às 6h20 da madruga. Céu claro, sem nuvens, sol começando a surgir por trás do skyline. De repente, a curva da Washington Luis e lá estão, de um lado os tapumes pretos tampando o entulhão do prédio demolido. Do outro, uma cicatriz no gramado do aeroporto, coberta por uma lona laranja que parece atrair todos os olhares.
Check-in feito, embarque imediato. Avião lotado, globais indo para as gravações, comissárias sorridentes se derramando em gentilezas para Bruno Gagliasso, Cauã-alguma-coisa e este escriba, desconfortavelmente entre os dois.
20min de espera na fila da decolagem, com os cones que marcam a área isolada pela perícia ali do lado... Corrida tranquila pela pista, vôo sussa. decolagem em um santos Dumont banhado pela absurda luz do sol em um céu azul de novela.
Reunião, trabalho, conversa, blá-blá-blá... Santos Dumont de novo, 15h30, solão comendo solto, vontade de ficar e tomar um chopp no Jobi. Mas não dá, compromisso em SP esperando.
Check-in de novo, TAM simpática até não mais poder, aeroporto vazio. Na fila do embarque Zélia Duncan e sua banda, mais um monte de funcionários da TAM. Do meu lado senta um comandante de A320. O outro passageiro, claro, pergunta sobre o equipamento e o comandante André - pacientemente - começa uma explicação cuidadosa e didática sobre reversos, ailerons, stall, decolagem e pouso em pistas curtas e longas, molhada e secas. Sem termos técnicos, na boa, tirando o medo do outro rapaz.
Eu ligo o Ipod e mergulho no mundo de Miles Davis, John Coltrane e Charles Mingus. Na hora do pouso, inevitável olhar de novo para o terreno. E imaginar, mais uma vez, que não precisava ter sido assim.
No caminho o trânsito sempre complicado da Rubem Berta, mesmo às 6h20 da madruga. Céu claro, sem nuvens, sol começando a surgir por trás do skyline. De repente, a curva da Washington Luis e lá estão, de um lado os tapumes pretos tampando o entulhão do prédio demolido. Do outro, uma cicatriz no gramado do aeroporto, coberta por uma lona laranja que parece atrair todos os olhares.
Check-in feito, embarque imediato. Avião lotado, globais indo para as gravações, comissárias sorridentes se derramando em gentilezas para Bruno Gagliasso, Cauã-alguma-coisa e este escriba, desconfortavelmente entre os dois.
20min de espera na fila da decolagem, com os cones que marcam a área isolada pela perícia ali do lado... Corrida tranquila pela pista, vôo sussa. decolagem em um santos Dumont banhado pela absurda luz do sol em um céu azul de novela.
Reunião, trabalho, conversa, blá-blá-blá... Santos Dumont de novo, 15h30, solão comendo solto, vontade de ficar e tomar um chopp no Jobi. Mas não dá, compromisso em SP esperando.
Check-in de novo, TAM simpática até não mais poder, aeroporto vazio. Na fila do embarque Zélia Duncan e sua banda, mais um monte de funcionários da TAM. Do meu lado senta um comandante de A320. O outro passageiro, claro, pergunta sobre o equipamento e o comandante André - pacientemente - começa uma explicação cuidadosa e didática sobre reversos, ailerons, stall, decolagem e pouso em pistas curtas e longas, molhada e secas. Sem termos técnicos, na boa, tirando o medo do outro rapaz.
Eu ligo o Ipod e mergulho no mundo de Miles Davis, John Coltrane e Charles Mingus. Na hora do pouso, inevitável olhar de novo para o terreno. E imaginar, mais uma vez, que não precisava ter sido assim.
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