Músga até nos ossos
Nos anos 50, nos países da Europa Oriental e na URSS, a música ocidental era considerada um veneno promovido pela burguesia decadente, principalmente jazz e rock.
Obviamente os jovens e amantes da música espalhados pelos culturalmente ricos países atrás da Cortina de Ferro arrumaram um jeitinho de contrabandear as gravações de Elvis, Coltrane, Monk, Beatles e que tais para seus animados clubes underground.
E a solução para prensar os discos foi extremamente criativa: Devido à falta de matéria prima, vinda desde a II Guerra Mundial, os inventivos húngaros (principalmente) usavam velhos filmes de raio-x descartados pelos hospitais, prensando as gravações com rústicas máquinas que permitiam a confecção de mensagens personalizadas.
Mais do que permitir a entrada de clássicos da música contemporânea por trás da Cortina de Ferro, as gravações se tornaram verdadeiras obras de arte, e foram tão difundidas que a própria Rádio Nacional Húngara prensou alguns exemplares.
Nesta matéria (em inglês) você conhece toda a história dos belíssimos discos piratas dos camaradas amantes da músga.
Encontrado no belo blog da Ariel, o Shake Well Before Use. Ela é uma americana que fala de publicidade e novidades desde Kansas City, com um viés meio crítico, no estilo do AdRants. Boa leitura...
1 Pitacos:
Interessante mesmo. Não sabia disso.
Ei, é favor dar as caras lá n'A Árvore também pra ver o que anda rolando por lá.
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