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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sombras

De repente o céu
de primavera se faz
plúmbeo. Trovão!

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Combien de temps dois-je attendre?

Ela postou...

" - Sabe a garota do copo d’água?
- Sei.
- Se parece distante talvez seja porque está pensando em alguém.
- Em alguém do quadro?
- Não. Um garoto com quem cruzou em algum lugar e sentiu que eram parecidos.
- Em outros termos: prefere imaginar uma relação com alguém ausente a criar laços com os que estão presentes.
- Ao contrário. Talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.
- E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem?

~trecho do filme Le Fabuleux destin d’Amélie Poulain"


E eu reposto e refaço a pergunta

E o coração dele? E todo o sentimento que ela desperta, toda a compreensão que ele trabalha em sim? E toda a dor de vê-la tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe?

E os planos cancelados em cima da hora, as expectativas mínimas não correspondidas, as estranhas e radicais viradas?

Quanto tempo consigo esperar?

Comofas//?

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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Cicatrizando

Tecidos sensíveis - como os do coração - tendem a se reasgar com facilidade.

A cicatrização é difícil também.

Mas acontece. E o tempo que seria dedicado ao cultivo passa a servir para o processo de cura.

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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

...mais sans toi

Mais uns dias se passaram e as (des)ilusões evaporam à luz do bom senso e da razão.

Dói, é sofrido, mas é necessário.

Porque a lição que fica é que não dá pra confiar nesse coração véio aqui. Deixá-lo ditar as ações do cérebro, então, é colocar um caça nas mãos tênues de um adolescente. Encantado com os flashes e brilhos, acha que sabe o que fazer com o poder de fogo mortal e sai disparando a esmo.

Normalmente dentro da base e acertando as próprias tropas.

Uma vez mais está recluso, de quarentena. Quem sabe assim aprende? (vã ilusão).

Como é tradição em cada FAIL amoroso (one-sided or not), a música deste tem todo um significado.

Rue de mes souvenirs
Orquestra Imperial

Composição: Wilson da Neves Stephane San Juan

Parfums venus d'Afrique me rappellent les temps
D'une douce vie passée auprès de toi
Que reste-t-il de nous maintenant, mon amour ?

Soleil de ton sourire illumine mes pensées
Tes yeux couleur d´ébène m´éclairent de beauté
Quel bonheur de sentir que tu es dans mon cÂœur
A jamais

Et le rêve dÂ’une nouvelle nuit d´amour
Me hante toutes les nuits, je ne dors que le jour
Aussi loin que tu sois, près de moi n´est-tu pas, mon amour?

Errant dans les rues de mes souvenirs
Boulevard des meilleurs et faubourg des pires
Je passe devant l´impasse de mes désirs
Et voilà l´avenue de notre histoire finie

Errant dans les rues de mes souvenirs
Je vais suivant le chemin de l´instinct
Tout droit vers l´avenue de mon destin
Mais sans toi

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domingo, 3 de agosto de 2008

Das voltas que a vida dá

Sou um sonhador.

Romântico incurável, sofro daquela condição que foi tão bem descrita por Sammy Cahn e Jule Styne, cantada com maestria por Frank Sinatra, Billie Holiday e interpretada instrumentalmente por Chet Baker e Miles Davis, entre outros.

Passadas algumas experiências amorosas boas, outras ruins, era de se esperar que eu tivesse aprendido a não me entregar tão facilmente, a não construir castelos de cartas sobre bases mais imaginativas do que reais.

That's not the case.

Pior, ao misturar as estações e contruir um mito sobre algo que poderia ter sido lindo, desperdiço a chance de ter comigo alguém que é, indubitavelmente, uma das melhores pessoas com quem tive a chance de conviver.

A idade e a experiência, se não me serviram na aproximação, serão úteis na reentrada da atmosfera desse planeta inóspito chamado realidade. Sempre uma aproximação difícil, com perigos de queima ao sofrer o atrito.

Sabendo disso, me preparo para o impacto.

Sempre há a chance de nada de ruim acontecer, ou da situação ser revertida. Mas, astronada experiente que sou, sei reconhecer os sinais de fadiga de material e os gemidos da couraça se desfazendo.

Vai ser uma aterrisagem forçada. Dolorida. Mas vou sair andando dos destroços.

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sábado, 2 de agosto de 2008

Un plasir... est-il jamais va-t-il?

Semana foi complicada. Profissionalmente tudo anda bem, com projetos e jobs cada vez melhores - e os resultados pra comprovar.

O que pega é um "je ne sais quais" no coração. Nos últimos meses fui construindo uma expectativa enorme, uma ilusão aliada à vontade de que, quando o segundo semestre chegasse, as coisas iriam melhorar sentimentalmente. A chegada de uma pessoa especial, uma mudança de atitude... Tudo isso prometia que Agosto veria um escriba muito mais bem resolvido.

Mas, sendo a vida o que é, as coisas se acumularam de tal maneira que cá estou eu, dia 02 de agosto, completamente perdido. Não uma mas duas pessoas especiais surgiram.

Duas mulheres que, mesmo sem ter tido absolutamente nenhum envolvimento romântico, me mostraram que a vida vai além de baladas, iates, 100 mil dólares... E que há que ter FOCO (logo eu, que uso tanto essa palavra).

Hoje no supermercado via os casais felizes, compartilhando momentos simples do dia, e me peguei desejando isso.

Mas tenhi que esperar. Por ela, por mim, pelo momento certo.

Une retarder de plasir... Mais que est une dolouer pour le cœur

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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

FAIL

O chato de virar figura pública é que tem certas coisas que não podem mais ser ditas. Só que continuo sendo humano. And it hurts.

E aí? #comofas?

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domingo, 20 de julho de 2008

Flor de Obsessão

Conjunções astrais são, via de regra, usadas como explicação para uma série de coincidências que levam a um ou mais fatos importantes na vida de alguém.

Fonte: Minha desajustada cabeça.

Esperei a chegada do inverno de maneira ansiosa, feito um menino esperando o natal. Menos pelos brinquedos, mais pela expectativa da espera em si. As imagens mentais, os passeios perfeitos, o conhecimento de que algo novo está(va) por vir.

O inverno chegou, mas não o Natal.

Agora parece que, finalmente, o esperado aconteceu. Parece, pois a árvore continua vazia, o prato de biscoitos e o copo de leite intocados pelo Papai Noel. Mas alguns sinais surgem, esparsos.

Curiosamente o menino não está tão excitado quanto deveria. Na verdade, uma certa calma blasé se instala, um não querer saber que prenuncia dias gris.

Se o prometido inverno chegou, que seja bom a quem o vir.

Meantime pensamentos, planos e decisões ocupam a mente do escriba.

Planos que podem levar a segunda metade do ano para um rumo totalmente inseperado.

As mudanças vêm para muitos. Como reagimos a elas, aos sinais e às acomodações necessárias é o que nos mostra se somos merecedores dos resultados.

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quarta-feira, 14 de março de 2007

BUMP II, a missão.

E agora mesmo outro chacoalhão balança a estrutura. Por incrível que pareça, este também não estava muito longe no horizonte, mas não esperava tão cedo.

O que pode ser bom, pois permite o proverbial "clean slate" para que se recomece a bagaça.

E pensar que foi provocado pela minha honestidade ao dizer o que achava certo fazer e o que ainda era muito cedo.

Fear of commitment? or just plain good sense and absence of hurry?

Be there as it may, o Lobo Véio volta às estepes.

Hungrier...

Older...

Wiser?

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segunda-feira, 5 de março de 2007

5 beijos que não dei. (I a III)

De vez em quando pintam uns movimentos na “blogosfera” (nossa,como odeio esta palavra) que valem muito a pena.

Este “meme” me foi enviado pela Marisa , querida amiga nova/velha, com quem parece que dá pra falar de tudo. E através da lista (re)descobri a Giu escrevendo no Torpor e vários outros escribas de texto muito melhor do que o meu. Mas vamos lá.

Esses são meus três primeiros beijos que nunca aconteceram.

1 – O sol da tarde pintava o muro branco do colégio com um tom avermelhado que eu só saberia apreciar em muitos anos. Para o moleque de 10 anos, aquela luz mágica significava somente o fim da Educação Física e o término da semana letiva. Ou seja, o início de dois longos dias sem ver Luciana. Cabelos negros, caindo nos ombros, a camiseta regata mostrando um prenúncio de muher-menina, os olhos negros que olhavam com uma intensidade desconhecida até então.

A turma toda dizia que ela já tinha beijado na boca do Renato, o mais velho da classe e inveja secreta de todos nós. Repetente, seus maduros 12 anos eram uma dificuldade insuperável para nós. Tinha até pêlos debaixo do braço!!!

Na saída para o “especial”, ela fica do meu lado. Nervoso, deixo cair o livro com a rosa que levava para casa como presente de Dia das Mães. Nos abaixamos ao mesmo tempo, e os rostos se acham a milímetros de distância. Sua pele macia, cheirando ao sabonete do banho recém-tomado, convida ao contato.

Por eternos dois segundos, nos quedamos ali. Olho infantil no olho infantil, corações acelerados e o início de uma corrida hormonal até então inédita para mim.

Ainda sinto o cheiro de sua pele e o gosto (imaginário) de seus lábios de menina experiente.

2 – Quando a reunião do Grêmio estudantil chegou ao fim, só sobraram na sala eu – o presidente - e a primeira-secretária, responsável pela ata. Mestiça de Japonesa e Italiana, Yuki era um sonho de consumo de nove entre dez estudantes do segundo ano do segundo grau. Quando nossa chapa venceu a eleição para o Grêmio nos abraçamos inconscientemente e nos vimos olhando nos olhos um do outro em meio à balbúrdia da celebração.
Agora, dois meses depois de tomar posse e em meio a uma disputa intensa com a diretoria do colégio por mensalidades mais baratas e condições melhores para os alunos, nos achávamos flertando descaradamente. Yuki era namorada de um dos meus melhores amigos, linda e inteligente (sempre uma combinação matadora para mim).

Terminando a ata, assinamos o livro e saímos para o frio da tarde de Belo Horizonte. Naquele dia seu namorado tinha ensaio de violino, e ela estava sozinha. Me ofereci para esperar o ônibus com ela, e ficamos discutindo as propostas da Diretoria e as reivindicações dos alunos.

Mas eu só tinha olhos para aquela boca cheia, aqueles olhos semi-puxadinhos e os cabelos longos cascateando por cima da blusa justa do uniforme. Num lampejo de coragem, me aproximei de sua boca, senti sua respiração intensa... e ouvi seu ônibus chegando.

Estranhamente, ela nunca mais ficou até depois das reuniões do Grêmio.

3 – O calor de Maceió em Janeiro era completamente estranho para um moleque de Belo Horizonte. Acostumado aos 20 e poucos graus das montanhas de Minas, sentir o ar pesado e seco dos 30 e lá vai fumaça em um bairro pobre e quente da capital das Alagoas era um suplício.

Ainda mais por estar longe da praia, na casa modesta de uma tia-avó, no meio do Tabuleiro. Eram ruas de terra, que jogavam uma poeira quente e vermelha para dentro das casas. A compensação era ver Andréa, a prima-de-segundo-grau desfilando pra lá e pra cá de shortinho curto e camiseta sem mangas e sem sutiã.

Os hormônios dos 16 anos exudavam pela pele, ainda mais com a visão da ninfeta de 15 anos e pele dourada pelo sol do nordeste. Sem grana para ir à praia, nos restava ficar na sala vendo Sessão da Tarde debaixo do ventilador preguiçoso. Com aquele sotaque melódico e ritmado, a prima diz que vai trazer uma brincadeira “gostóza” para aliviar o calor.

Da geladeira sai uma faca de manteiga, daquelas sem corte. Ela se deita ao meu lado e me pede para ficar de bruços. De olhos fechados, sinto o gelado aço encostar nas minhas costas e mil arrepios percorrerem minha espinha. A faca sobe gentilmente pela minha coluna, até chegar ao pescoço e desenhar uma curva suave e safada pelo meu rosto. A sensação gelada é contra-balanceada pela respiração quente de Andréa, falando baixinho no meu ouvido. “Tá gostózo, primo?”

A resposta é um menear de cabeça e a aproximação daqueles lábios carnudos e convidativos. A faca cai ao chão, já na temperatura ambiente, muitos graus abaixo do que nossas peles sentem.

Seu gosto era tudo aquilo que imaginava. Sua língua achou a minha, e sua respiração ofegante prometia mil paraísos nordestinos e selvagens.

E a voz da minha tia chegando do mercado interrompeu um dos melhores não-beijos da história.

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domingo, 4 de março de 2007

For a certain Babe

Its quarter to three,
Theres no one in the place 'cept you and me
So set em up Joe
I got a little story I think you oughtta know

Were drinking my friend
To the end of a brief episode
So make it one for my babe

And one more for the road

I know the routine
Put another nickel in that there machine
Im feeling so bad
Won't you make the music easy and sad

I could tell you a lot
But you gotta to be true to your code
So make it one for my baby
And one more for the road

Youd never know it
But buddy Im a kind of poet
And Ive got a lot of things I wanna say
And if Im gloomy, please listen to me
Till its all, all talked away

Well, thats how it goes
And joe I know youre gettin anxious to close
So thanks for the cheer
I hope you didnt mind
My bending your ear

But this torch that I found
Its gotta be drowned
Or it soon might explode
So make it one for my baby
And one more for the road

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sábado, 3 de março de 2007

Back to the jungle

O idílio de um mês termina com a constatação de que um tigre não muda suas listras. Por mais que tentemos, certas coisas são imutáveis, sob pena de perda da identidade.

É triste, pois certas coisas que acontecem na nossa minha vida parecem vir na hora errada. Sometimes too soon, sometimes too late.

Eu sei, é assim com todo mundo. Nem por isso preciso gostar.

Babe, você é uma pessoa maravilhosa. Obrigado por tudo de bom que nos aconteceu nessas intensas semanas.

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quinta-feira, 1 de março de 2007

Shark!

Às vezes uma simples cena de um seriado basta para fazer cair a ficha e provocar uma torrente de pensamentos e de conclusões.

Shark, a nova série de advogados/investigadores da Fox parece uma versão de House para advogados. James Woods se comporta exatamente como Hugh Laurie, comandando usa equipe de jovens gênos com mão de ferro e uma rapidez de raciocínio digna dos melhores roteiristas.

E eu adooooro.

E Mr Nice Guy sucumbe cada vez mais à realidade da vida.

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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Pílulas amargas e amarguradas

* How many times must a man give his heart,
before he knows better?

* Money. Always the fucking money. One way or another, seeping though the cracks of our lives, undermining our structures, until the whole place comes crumbling down.

* Sick of all. Murphy, The great Gig in the Sky, the Great Pumpkin. What or Whomever you are, give me a fucking break.

* How many times must a man fall down,
before he realizes that it's futile to try to climb up?

* Promises: The only thing that should be banned for all eternity and beyond. Hope is already dead.

* Gotta a problem? join the team. Gotta hope, peace of mind, love? Sorry, fella, wrong club. Try down the street, where the lights actually shine and there's no perpetual black, thunder-filled cloud above it.

* They say that learning is a proccess filled with pain and despair. Hi, Im a PhD!

* How many times must a nice guy be crushed,
before he gives up?

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quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Still hurts

Tem certas conversas para as quais, por mais que achemos que sim, não estamos preparados.

E machuca um pouco.

E dói um pouco.

E, como todo processo de cura, há que se suportar a dor, curar o machucado e seguir em frente.

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